sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

ANTONIO CARLOS CIPRIANO

A VARANDA


Sento-me à varanda
a contemplar a calma tarde
num raiar luzindo do sol
indo deitar ao crepúsculo...
Sinto em mim o nostálgico momento 
e o meu peito arde
quando se aproxima a vindoura hora
do fenômeno augusto
 Lentamente deita-se o sol
por detrás da montanha
Um  rubro vermelho toma conta do céu agora
Arde mais o peito e o momento emociona
ao ver que vagarosamente 
a montanha o sol devora .
Então é devorado o último raio
e as aves se recolhem

Em um só momento calam-se, 
parecendo sofrer um profundo desmaio
 Não mais cantam nem gorgeiam 
nem se ouve um só lamento 
Foi-se o dia, surgiu a noite 
Tudo é treva agora...

Antonio Carlos Cipriano 
( do Informativo Letra Viva, do Grupo Literário Letra Viva )