segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

JANDILISA GRANASSO

 


 Do que escrever, se nada sei ?
Se ao meu redor, do que preciso,
eu nada vejo ?
Sobre o que falar ?
Se o que se diz eu não compreendo
e me faltam palavras e sobram indagações.
 
Vãs são as tristezas,
os pensamentos,
os sentimentos (vãos)..
 
E eu quero despir de minha alma
as incertezas ;
Entender de pronto
meus obscuros desejos.
 
E através de uma nesga no meu céu
vislumbrar estrelas..
E que elas me falem
o que eu mais desejo ouvir..
Que aos meus olhos mostrem
o que mais almejo ver ;
Que nas suas cores,
encontre meu eu as minhas
mais infímas verdades.
 
Mas me falem delas sem áridas palavras.
 
Assim, talvez,
eu tenha mais tempo prá sonhar
Não mais tenha medo de acordar
 
Jandilisa

(in "Informativo do Grupo Literário Letra Viva" de Guarulhos ).

Jandilisa Grassano é artista plástica, autora dos livros “Minha vida, uma arte só” e “Um quê de arte…”. Formada e Letras e Música, lecionou língua portuguesa em escola estadual em Arapongas (PR), na qual também atuou como secretária concursada e diretora substituta. Decidindo pelas Artes Visuais, tornou-se bacharel em pintura, gravura e escultura pela Escola de Belas Artes, em São Paulo. Projetou mostras na Itália, Grécia, no Principado de Mônaco e na Riviera Francesa, fazendo-se acompanhar de outros artistas. Em Guarulhos desde 1987, mantém ateliê, promoveu eventos e exposições em vários espaços, inclusive em praças e parques, nos quais fez doações de obras, além de presentear diversas entidades filantrópicas com seu trabalho, criado a partir de sua sensibilidade artística. Como adida cultural do Consulado Italiano em Guarulhos, organizou a mostra “Arte Brasileira na Itália”, patrocinada pela Bauducco. Foi secretária-adjunta de Cultura, no final dos anos 1990. Desde 2020 é membro da Academia Guarulhense de Letras 

2 comentários:

  1. Valdir Carleto, não sei se o amigo conhece,
    me ofereceu um livro da Artista, mas 100,00
    na época era muito para mim, não que o livro
    não valesse, até porque não era obra para
    venda. Por isso não o tive na primeira e única
    edição.
    Acho que só 50 ou 100 exemplares foram lançados.
    "Quanto ao Bairro da Lapa (Meu texto), eu digo o
    seguinte. Há 40 anos, mais ou menos, eu fui
    sorteado para receber o meu "tijolão", como
    chamavam o celular naquela época, mas como
    havia opção quanto ao fabricante optei pelo
    Startac da Motorola. Pois bem.
    Ao passar pelos "Arcos" e tomar a calçada
    da ACM (associação Cristã de Moços) onde
    meu pai se exercitava, um garoto veio por
    trás, meteu a mão no meu bolso e roubou
    aquela maravilha, mas eu, cheio de vida e já
    graduado nas artes marciais, consegui pegá-
    lo pelo pulso, torcê-lo e jogá-lo ao chão.
    Peguei o celular de volta e corri para
    longe de um lugar que há 40 anos já era
    frequentado por esses garotos".
    Um grande abraço e bom dia, meu amigo
    Touché.

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    1. Amigo Silvio, sim, conheço o Carleto, é uma referência da imprensa independente na cidade, Jandirlisa é uma artista muito chique,digamos assim, para uma cidade tão pobre e simples. Nós, do movimento cultural eramos todos pessoas simples,de bairro, fazendo teatro amador, música com banquinho e violão, essas coisas. Muito legal sua história.. Gosto do bairro da Lapa, daqueles tempos que eu conheci, anos 70 ou 80, não lembro bem.. Um abraço forte..

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